Investigado por estupros, empresário Rodrigo Carvalheira é solto com tornozeleira eletrônica

  • 17/04/2024
(Foto: Reprodução)
Ao menos três mulheres denunciaram o empresário, que passou seis dias detido. Rodrigo Carvalheira deixa o Cotel após seis dias preso O empresário Rodrigo Dib Carvalheira, investigado por estupros, foi solto nesta quarta-feira (17). Ele estava preso no Centro de Observação e Triagem Professor Everardo Luna (Cotel), em Abreu e Lima, no Grande Recife, desde a quinta (11), após ter prisão preventiva decretada pela Justiça. Ele deixou a penitenciária de carro, por volta das 17h40 (veja vídeo acima). ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 PE no WhatsApp. De acordo com a Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização, Rodrigo Carvalheira deixa o Cotel após receber um alvará de soltura condicionado a monitoramento eletrônico, ou seja, com uso de tornozeleira eletrônica. A liberdade provisória foi concedida pelo juiz que recebeu a denúncia. Na segunda-feira (15), a Polícia Civil indiciou o empresário após a conclusão de três inquéritos. O processo corre em segredo de Justiça, mas, no mandado de prisão, ao qual a TV Globo teve acesso, consta que ele é investigado pelo crime de estupro de vulnerável, previsto no artigo 217-A do Código Penal. Os inquéritos foram encaminhados ao Ministério Público de Pernambuco (MPPE) e estão sendo analisados por promotores de Justiça. O MPPE pode decidir apresentar denúncia à Justiça ou pedir novas diligências à Polícia Civil. Caso o MPPE decida denunciar Carvalheira, o caso segue para o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), que, por sua vez, deve decidir se aceita a denúncia, tornando o empresário réu, ou se arquiva o processo. A advogada de Carvalheira, Graciele Queiroz, informou que o alvará de soltura foi concedido na tarde desta quarta-feira (17). "O alvará de soltura foi de fato deferido pelo juiz porque o inquérito policial foi finalizado e o juiz entendeu que ele não oferece nenhum tipo de perigo. Lembrando que a prisão dele só foi decretada porque, supostamente, ele estava dificultando a investigação. [...] A prisão dele se deu pela obstrução das investigações. Ponto. Não por supostamente ele ter abusado alguém", disse Graciele Queiroz. O g1 entrou em contato com o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) para obter outras informações sobre a soltura, mas o órgão informou que não poderia repassar informações porque "os processos e procedimentos que tratam de crimes contra a dignidade sexual correm em segredo de Justiça, com o objetivo de preservar a intimidade da vítima". O indiciado, que tem 34 anos, faz parte de uma família tradicional de Pernambuco, já foi secretário de Turismo de São José da Coroa Grande, no Litoral Sul, e presidiu a executiva estadual do antigo PTB. Empresário Rodrigo Carvalheira em foto de arquivo Reprodução/Instagram Entenda o caso Ao menos três mulheres denunciaram Rodrigo Carvalheira por casos que aconteceram entre 2009 e 2019. Duas das denunciantes concederam entrevista à TV Globo e, por meio do boletim de ocorrência, a equipe de reportagem também obteve informações sobre a terceira, que era menor de idade na época dos supostos abusos. Todas as mulheres eram amigas do indiciado e relataram que, em festas, o suspeito deu comprimidos para elas, que acordaram na manhã seguinte, com sinais de abuso sexual. LEIA TAMBÉM Rodrigo Carvalheira é preso suspeito de estupros Saiba quem é o empresário Rodrigo Carvalheira Defesa diz que prisão foi 'armação política'; VÍDEO Mulheres dizem que foram dopadas: 'Tinha muito sangue' 'Minha memória apagou', diz uma das denunciantes PRD expulsa empresário após prisão por suspeita de estupro Mulher que denunciou Rodrigo Carvalheira por estupro diz que empresário 'enfiou comprimido' na boca dela A TV Globo conversou com duas das três mulheres que prestaram queixa contra o empresário (veja vídeo acima). Elas pediram para não serem identificadas. O primeiro caso aconteceu em 2009, mas foi denunciado no fim de 2023. A mulher contou que: Estava com amigos numa boate no Recife quando foi abordada por Rodrigo, que perguntou se "queria ficar mais alegre para curtir a festa". Na época, a mulher tinha 18 anos; A jovem disse que, depois de tomar um comprimido dado por Carvalheira, começou a passar mal e o empresário se ofereceu para deixá-la em casa; Ela falou ainda que tem poucas lembranças do que aconteceu durante a carona e só entendeu o que tinha sucedido quando acordou, no dia seguinte: "Acordei numa cama e tinha muito sangue". Outra denunciante também procurou a polícia em 2023 para denunciar um abuso ocorrido em 2019, quando tinha 31 anos: De acordo com ela, Rodrigo foi buscá-la para ir a uma festa no carnaval daquele ano; Ele subiu no apartamento e, segundo a mulher, já estava com um copo na mão e empurrou um comprimido em sua boca, dizendo ser ecstasy; A mulher contou que, depois disso, "apagou completamente" e acordou, na manhã seguinte, com o empresário em cima dela na cama. Ela relata que encontrou manchas de sangue pela casa. O terceiro caso aconteceu em 2011 e a mulher tinha entre 16 e 17 anos na época: Em depoimento, ela disse que estava deixando uma festa no Recife quando o empresário ofereceu uma carona e ela aceitou, pois o "conhecia e confiava nele". No entanto, ele desviou o caminho e a levou até um motel; No boletim de ocorrência, ao qual a TV Globo teve acesso, a vítima contou que Rodrigo insistiu para que ela entrasse e, dentro do quarto, a forçou a tirar a roupa e a fazer sexo; Ela ainda relatou à polícia também que o empresário tinha prazer em vê-la resistindo. VÍDEOS: mais vistos de Pernambuco nos últimos 7 dias

FONTE: https://g1.globo.com/pe/pernambuco/noticia/2024/04/17/empresario-rodrigo-carvalheira-e-solto.ghtml


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