Adolescente é assassinado na rua do Pagode do Didi, no Centro do Recife; dono do tradicional bar cobra policiamento
03/08/2024
(Foto: Reprodução) Tiros ocorreram pouco depois de clientes cantarem parabéns pelos 43 anos do estabelecimento, declarado Patrimônio Imaterial Cultural do Recife no mês passado. Rua do Centro do Recife em que adolescente foi assassinado, próximo ao bar Pagode do Didi
Reprodução/TV Globo
Um adolescente foi assassinado a tiros no bairro de Santo Antônio, no Centro do Recife, na madrugada deste sábado (3), próximo ao tradicional bar Pagode do Didi. Segundo a Polícia Civil, o rapaz estava no meio da rua quando foi atingido pelos disparos e morreu no local.
O crime aconteceu por volta de 1h da madrugada, na rua Ulhôa Cintra. No bolso da vítima havia R$ 250 em dinheiro. De acordo com a família, que reconheceu o corpo no Instituto de Medicina Legal (IML), em Santo Amaro, o adolescente tinha 15 anos.
✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 PE no WhatsApp
Na hora do assassinato, o Pagode do Didi estava cheio, porque o bar estava comemorando seu aniversário de 43 anos.
"Cantei o parabéns do pagode, 43 anos, aí me dirigi ao meu caixa. Foi quando eu escutei o tiroteio lá embaixo, não foi no meu pagode. Aí todo mundo correndo, se abaixando com medo, pensando que era um tiroteio entre eles. Mas não, era uma execução", afirmou o dono do estabelecimento, Valdemir de Souza Ferreira, conhecido como Seu Didi.
Valdemir de Souza Ferreira, ou Seu Didi, proprietário do Padoge do Didi
Reprodução/TV Globo
Fundado em 1981, o Pagode do Didi foi declarado Patrimônio Imaterial Cultural do Recife através de lei sancionada em 25 de julho deste ano. Seu Didi, também conhecido como Didi do Pagode, tem o título de Patrimônio Vivo do Estado de Pernambuco desde 2010.
"Eu acho que ele estava devendo alguma coisa ao dono da grota e o cara executou ele. Mas aqui no pagode nunca houve isso. E não houve tiroteio no meu pagode do Didi. O tiroteio daqui é amor", disse ainda.
Segundo a polícia, a autoria do crime segue desconhecida e não há informação sobre a prisão de suspeitos. A Força Tarefa de Homicídios registrou o caso, que segue em investigação.
O empresário cobra mais policiamento na região. "A polícia, aqui, é muito raro eles virem por aqui, fazer uma inspeção, ou olhar pelo menos".
Seu Didi conta que, desde 2011, fez uma solicitação para que uma viatura da Polícia Militar pudesse fazer o policiamento do entorno do bar durante a noite, mesmo que em um horário reduzido, mas o pedido nunca foi atendido. "A polícia aqui intimida. Mas eu estou aqui desamparado esse tempo todinho", afirma.
VÍDEOS: mais vistos de Pernambuco nos últimos 7 dias
.
